terça-feira, 21 de maio de 2013

FUNÇÃO EXECUTIVA

FUNÇÕES EXECUTIVAS

As funções executivas compreendem um conceito neuropsicológico que se aplica às atividades cognitivas responsáveis pelo planejamento e execução de tarefas. Elas incluem o raciocínio, a lógica, a estratégias, a tomada de decisões e a resolução de problemas. Todos esses processos cognitivos são produzidos diariamente, pois uma série de problemas - dos mais simples aos de maior complexidade - ocorrem na vida do ser humano. Assim, independente do grau de complexidade do problema, o sujeito precisa estar apto para analisar a situação (problema), lançar mão de estratégias, e antever as conseqüências de sua decisão.

O cotidiano oferece diferentes desafios ou simplesmente situações imprevistas que exigem uma boa habilidade para um manejo adequado. Por exemplo, descobrir o melhor caminho para se chegar num determinado local, uma nova função no emprego, aumentar o orçamento doméstico, ou mesmo durante o desenvolvimento da criança, que a cada momento descobre uma nova possibilidade e vai em busca de uma nova habilidade.

Existem três tipos de resolução de problemas:
  • inferente: utilizada quando o indivíduo está frente a uma situação desconhecida e pela qual ainda não existem soluções disponíveis. Sendo assim, é necessário avaliar os elementos que compõem o problema e deduzir (inferir) qual a melhor estratégia para superar aquele problema, ou no pelo menos minimizar seus efeitos. Na medicina isso é bastante utilizado quando se tem um determinado quadro patológico desconhecido.

  • analógica: é o uso de recursos anteriormente utilizados em situações semelhantes.

  • automática: é o tipo que se caracteriza pela espontaneidade. Ocorre principalmente se a pessoa que o utiliza tem bastante prática no problema, por exemplo, um motorista experiente.

CONCLUSÃO

Como pode ser visto todas as funções cognitivas interagem entre si. A separação existe apenas para fins educativos, pois o ser humano é caracterizado por sua totalidade. As funções executivas reúnem todas as funções anteriores. Para resolver um determinado problema, o sujeito precisa utilizar todas as funções cognitivas. Por exemplo, ao detectar um cheiro de fumaça (atenção), ele vai reconhecer (percepção) de acordo com o que já foi aprendido (memória) que esse pode ser um sinal de incêndio; a partir de então ele busca estratégias para solucionar o problema, como primeiro se certificar do que se trata, manter a calma, retirar as pessoas do local, e chamar por socorro (funções executivas).

A atuação do neuropsicólogo - seja na pesquisa, na avaliação ou na reabilitação - se dá sobre os quadros que envolvem algum distúrbio das funções cognitivas, como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, Mal de Alzheimer, Dislexias, ou qualquer distúrbio neurodegenerativo, na avaliação pré-cirúrgica, etc.
É importante lembrar que a neuropsicologia é uma área das neurociências e que portanto, o neuropsicólogo não trabalha sozinho, e sim existe uma equipe atuando em conjunto para o bem estar do paciente.

Extraído: http://www.plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=66#.UZu60sq_B3c